No entanto, após o bypass, as alterações introduzidas no aparelho digestivo implicam alterações no seu funcionamento. O doente é aconselhado a cumprir um conjunto de cuidados com a alimentação de forma a maximizar o resultado da cirurgia e a evitar problemas.
Um estudo recente realizado na Universidade de Stanford vem reforçar a necessidade de cumprimento desta recomendação.
Neste trabalho, um grupo de doentes obesos foram estudados antes da cirurgia e aos 3 meses e 6 meses após o bypass. O estudo consistiu em ingerir uma quantidade standard de vinho e medir a taxa de alcoolémia resultante através do teor de alcool expirado.
Ao fim de 3 ou 6 meses após a cirurgia, os resultados mostraram que os doentes operados tiveram uma maior e mais rapida subida do teor de alcool no sangue, do que eles próprios tinham antes de ser operados com a ingestão da mesma quantidade de alcool.
O tempo necessário para atingir a sobriedade também foi maior após a cirurgia do que era antes do bypass.
Verificou-se também que a intoxicação pelo alcool, após a cirurgia, causava menos diaforese (sudação) e hiperactividade, e causava mais tonturas, calor e visão dupla.
Este estudo realça a necessidade de compreensão de que o bypass altera várias funções do organismo. Esta alteração tem vantagens na perda de peso e no controlo de outras doenças, mas também tem desvantagens que é necessário conhecer. Uma delas é a diminuição da tolerância ao alcool, pelo que se aconselha os doentes operados a ingerir menores quantidades de alcool.
O cumprimento das recomendações é fundamental para proteger os benefícios conseguidos com a cirurgia bariátrica.
Este trabalho foi publicado no Journal of the American College of Surgeons
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