segunda-feira, 18 de abril de 2011

A obesidade no início da gravidez aumenta o risco de morte neo-natal

O impacto negativo que a obesidade nas fases iniciais da gravidez tem na saúde do recém-nascido já é conhecido. No entanto, nem todos estes efeito prejudiciais são inteiramente claros.

No sentido de esclarecer melhor as consequências da obesidade nesta fase da gravidez, foi realizado um estudo, na região Norte de Inglaterra, que pretendeu relacionar obesidade (IMC >30) com risco de morte fetal e neo-natal, excluindo as malformações congénitas e os efeitos da gravidez gestacional, que são problemas já bem conhecidos.

As gravidezes seguidas em cinco hospitais ingleses, no període de 2003-2005 foram analisadas de um ponto de vista estatístico. Foram contabilizadas as mortes fetais (>20 semanas de gestação) e as mortes dos recém-nascidos durante o primeiro ano de vida, e analisadas de acordo com o IMC da mãe (<18.5, 18.5-25, 25-30, >30).

Os resultados mostraram que as mulheres obesas tiveram um risco de morte fetal ou no primeiro ano aproximadamente o dobro das mulheres obesas (2.3 e 1.9 de risco relativo respectivamente).

A análise estatística contínua revelou uma relação de formato em V, com o risco mais baixo no IMC 23 e aumento contínuo do risco para valores aumentados do IMC.

As razões para este aumento de mortalidade fetal e dos recém-nascidos até ao primeiro ano de vida encontrado nas mulheres obesas, não foram estabelecidas.

O estudo conclui que a obesidade no início da gravidez está associado de uma forma significativa com a morte fetal e a morte do recém-nascido no primeiro ano de vida. Esta associação é independente das já conhecidas implicações da obesidade no aparecimento de malformações congénitas e na diabetes gestacional.

Pode encontrar este trabalho na Revista Human Reproduction

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