No entanto, os doentes com obesidade Classe I (IMC entre 30 e 35 - obesidade ligeira) apresentam igualmente risco elevado de co-morbilidades associadas à obesidade. O papel do tratamento cirúrgico da obesidade nestes doentes ainda não está definido, mas poderá vir a tornar-se importante, uma vez que a generalidade dos tratamentos conservadores (não cirúrgicos) não se têm revelado úteis.
Recentemente, como noticiei neste blog, a FDA americana aprovou a utilização da banda gástrica neste segmento dos doentes obesos (IMC entre 30 e 35).
Para avaliar a segurança deste tratamento, investigadores americanos compararam o postoperatório de doentes com obesidade ligeira tratados com colocação de banda gástrica, com doentes com obesidade grave que realizaram o mesmo tratamento.
Verificaram que, com excepção do peso inicial (obviamente mais elevado nos doentes com obesidade grave), todos os outros parâmetros avaliados relativos à segurança, nomeadamente o tempo operatório, as perdas hemáticas, a duração do internamento e os internamentos em UCI foram semelhantes nos dois grupos. Não houve mortalidade ou necessidade de reoperação em nenhum dos grupos.
Os autores concluem que a colocação de banda gástrica num doente obeso ligeiro apresenta o mesmo perfil de segurança que a mesma cirurgia em doentes com obesidade grave.
O estudo foi publicado no número de Abril de 2011 do Obesity Surgery e pode ser encontrado aqui.
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